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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Pontuação

Um homem rico, sentindo‑se morrer, pediu papel e caneta e escreveu as suas últimas von­tades, mas não teve tempo de pontuar, e morreu. O texto que ele redigiu era o seguinte:

«Deixo os meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do alfaiate nada aos pobres».
A quem deixava ele a fortuna que tinha? Eram quatro os pretendentes.
1. Chegou o sobrinho e fez estas pontuações numa cópia do bilhete: «Deixo os meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.»
2. A irmã do morto chegou em seguida, com outra cópia do escrito, e pontuou‑o deste modo: «Deixo os meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.»
3. Surgiu o alfaiate que, pedindo cópia do original, fez estas pontuações: «Deixo os meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.»
4. O juiz estudava o caso, quando chegaram os pobres da cidade, e um deles, mais sabido, toman­do outra cópia, pontuou‑a assim: «Deixo os meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate? Nada! Aos pobres!»
Assim é a vida, nós é que colocamos a pontuação e é isto que faz a diferença.

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